Dra. Sumaia Jacob

IMPACTOS DA DENGUE NA PELE E NOS CABELOS

A dengue é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos, causada por um vírus do gênero Flavivirus. Existem quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), o que significa que é possível ser infectado até quatro vezes, cada uma potencialmente por um sorotipo diferente.

A transmissão ocorre através da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Aedes, como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. Esses mosquitos são mais ativos durante o dia, especialmente ao amanhecer e ao entardecer, e proliferam em áreas com água parada, onde depositam seus ovos.

Sintomas
Os sintomas da dengue variam desde formas assintomáticas e leves até formas graves e potencialmente fatais. Os sintomas geralmente começam de 4 a 10 dias após a infecção e podem incluir:

Febre alta repentina
Fortes dores de cabeça
Dor atrás dos olhos
Dores musculares e articulares
Fadiga
Náusea e vômito
Erupções cutâneas
Sangramentos leves (nas gengivas ou nariz, por exemplo)
Em casos graves, a dengue pode evoluir para dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, condições sérias que requerem atenção médica imediata. Estas formas graves são caracterizadas por sangramento, queda abrupta da pressão arterial e, em casos extremos, morte.

A infecção pelo vírus da dengue pode trazer algumas transformações na pele e nos cabelos, refletindo o impacto do vírus no organismo como um todo. Essas mudanças podem variar de sintomas visíveis a efeitos mais sutis que afetam a saúde da pele e dos cabelos. Aqui estão algumas das transformações possíveis:

Transformações na Pele
Erupções Cutâneas (Exantema): Um dos sintomas mais comuns da dengue é o surgimento de erupções cutâneas que podem aparecer em várias partes do corpo. Essas erupções geralmente são avermelhadas e podem causar coceira.

Pele Pálida ou Icterícia: Em casos graves de dengue, a redução significativa do número de plaquetas no sangue pode levar a sangramentos sob a pele, resultando em manchas roxas (petéquias) ou uma pele de aparência pálida. A icterícia, embora menos comum, pode ocorrer devido à disfunção hepática.

Sensibilidade da Pele: Algumas pessoas podem experimentar uma sensibilidade aumentada na pele durante ou após a infecção pela dengue, tornando-a mais suscetível a irritações.

Transformações nos Cabelos
Eflúvio Telógeno Agudo: essa condição é caracterizada por uma queda de cabelo temporária e difusa. O estresse físico causado pela infecção da dengue pode levar um maior número de folículos capilares a entrar prematuramente na fase de queda (telógena), resultando em uma perda de cabelo mais acentuada alguns meses após a infecção.
O eflúvio telógeno é uma forma de perda de cabelo temporária que ocorre tipicamente após estresse, infecção, uso de medicamentos, alterações hormonais, dietas restritas, cirurgias ou evento traumático. Doenças como COVID-19 e a dengue podem levar a tais condições devido ao estresse que impõem ao corpo.
Normalmente, o eflúvio telógeno agudo se resolve por si só dentro de alguns meses, à medida que os ciclos de crescimento do cabelo voltam ao normal. No entanto, em alguns casos, pode ser útil procurar orientação médica para identificar a causa subjacente e receber orientações sobre o tratamento adequado, especialmente se a queda de cabelo for severa ou persistente. Uma vez que, em alguns casos, pode estar associado a outro tipo de alopecia cicatricial, por exemplo a Calvície (alopecia androgenética). Essa, por ser cicatricial, deve ser tratada corretamente pois pode deixar cicatriz.

Cabelos Frágeis e Quebradiços: A febre alta e outros fatores de estresse físico associados à dengue podem afetar a saúde dos cabelos, tornando-os mais frágeis e suscetíveis à quebra.

É importante destacar que, embora essas transformações possam ser preocupantes, muitos dos efeitos da dengue na pele e nos cabelos são temporários. A recuperação geral do corpo após a infecção pode levar à normalização dessas condições. No entanto, em caso de sintomas persistentes ou preocupantes, é recomendável procurar orientação médica para avaliação e orientação adequadas.

Prevenção e Tratamento
Não existe um tratamento específico para a dengue; o tratamento é principalmente de suporte, visando aliviar os sintomas. Isso inclui a ingestão de líquidos para evitar a desidratação, repouso e, em alguns casos, o uso de medicamentos para controlar a febre e a dor (evitando aspirina e antiinflamatórios devido ao risco de sangramento).

A prevenção foca no controle dos mosquitos vetores e na proteção individual contra picadas. Isso pode ser feito através da eliminação de águas paradas (onde os mosquitos se reproduzem), uso de repelentes, instalação de telas e mosquiteiros, e o uso de roupas que cobrem a maior parte do corpo. Existem também vacinas disponíveis para a dengue, mas sua recomendação varia conforme a região e o histórico de exposição ao vírus.

Lembre- se de ir ao dermatologista pelo menos uma vez ao ano e realizar seu check- up dermatológico. A prevenção é o melhor remédio.

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